Wednesday, October 19, 2011

ESPETÁCULO - NOTURNO 20/10/2011

Na segunda feira, dia 17/10/2011, fui ao Teatro Dias Gomes a convite de uma ex-colega de trabalho para prestigia-la no espetáculo NOTURNO. A peça foi escrita por Oswaldo Montenegro e dirigida e interpretada pelo seu irmão Deto Montenegro desde 1991. Todos estes anos o espetáculo nunca teve o mesmo elenco.
O espetáculo começa com Deto fazendo um agradecimento ao público e informando que os interessados deveriam se arriscar nas audições para o espetáculo do ano que vem. Muito bacana este incentivo aos amantes do teatro que não têm  o interesse de tornarem-se atores profissionais.
O espetáculo em sí é indescritível. é preciso ver para sentir a sua essência. É de fato tocante. é um espetáculo que fala das figuras da noite da cidade de São Paulo. Atores com poucas falas, um elenco de uns 40 atores que compõem um coro que auxilia uma banda EXCELENTE e cantores de uma qualidade EXCEPCIONAL.
O que me impressionou foi a criatividade com o jogo de luzes. É riquíssima a qualidade dos efeitos que, teoricamente, são simples. A utilização de black-outs e focos, enfatizam e ditam a atmosfera da peça.
Como disse, é preciso ver pra sentir. Muito bom mesmo.

Aula 11 - 15/10/2011

Começamos a aula deste sábado com mais um enígma do nosso mestre Felipe.
O que é o amor?
Prece fácil mas é difícil responder esta pergunta. Pra mim o amor é a força que te move para estar com alguém ou fazendo algo, é a força que te leva a encontrar prazer/satifação em coisas que só você entende.
Percebi que esta era a MINHA definição, e que para cada indivíduo na sala a definição era diferente. Logo, amor não é descritível, sabemos ou não se estamos sentindo. (conclusão pessoal)
No entanto, existe algo que nos atrapalha ïdentificar o amor... a paixão. As vezes achamos que amamos algo, mas só sentimos paixão por aquilo. Paixão passa rápido.
Esta pergunta, "O que é o Amor?", foi ao meu ver, um simples apelo do nosso dedicado formador. Uma forma de nos fazer refletir sobre o que realmente sentimos pelo teatro. Pois o amor nos move a fazer o que é bom e o que é ruim nas circunstâncias, sem perder o sentido. Em outras palavras, se amamos o teatro temos que estar dispostos á fazer tudo pelo teatro. Caso ainda não estejamos assim, então devemos repensar nosso sentimento.
Minha reflexão sobre o o Felipe nos disse é de que eu sinto que amo o Teatro, mas posso ainda estar só apaixonado. Adoro estar ali, fazendo, trabalhando, criando, e adoro filosofar sobre isto. Ao mesmo tempo, procuro a essência do que faço e tento me afastar do que é estético. Mas não sei qual o meu limite em relação a algumas coisas, como por exemplo a exposição dos atores do Teatro Oficina ou o desprendimento econômico que é quase que necessário num dado momento. Não sei se me conseguiria me expor daquela maneira (apesar do episódio da nudez haha), ou se conseguiria algum dia "desencanar" das minhas fontes de renda e me dedicar somente á arte...
Se o fato de ter limites me torna um "não amante" do teatro, então acredito que ainda não tenha encontrado o amor por esta atividade. Caso estes não sejam parâmetros, acredito amar o que faço.
Na aula de sábado fomos desafiados a nos questionar, a olharmos para dentro de nós mesmos... e olhar para dentro de sí é a forma que o homem grego encontrou para evoluir... vem funcionando á séculos. :]


EVOÉ

RELAÇÃO DA AULA DE HISTÓRIA DA ARTE COM OUTRAS MATÉRIAS DO CURSO.

A relação das Aulas de História da Arte com as outras matérias do curso de teatro é, como eu gosto de chamar, direta e indiretamente boa.
Quando relacionada ao curso de expressão corporal, não vejo absolutamente nenhuma relação direta entre as competências. Acredito que a relação indireta, neste caso, seja apropriada. Sendo parte de nosso trabalho como atores analisar o passado de um personagem (daí a influência e importância do contexto histórico no trabalho do ator), encaixa-se na definição de "passado" o modo como o personagem se apresenta físicamente. Resumindo, o histórico do personagem define o que ele é no momento que a história é contada. Sua forma de se expressar físicamente também está dentro deste histórico.
Já na montagem da peça, as aulas de história da arte são diretamente ligadas ao processo de criação. Como já mencionei acima, é preciso que nós, atores, olhemos para o passado de quem pretendemos ser. Mas em nosso caminho de formação, temos que estar cientes não só do passado do personagem em sí, mas no passado deste novo mundo que estamos desbravando. Não podemos nos aprofundar em um texto sem saber   quando começaram os textos daquele gênero teatral. Por mais que nos dediquemos á atuação, sempre sentiremos a falta do  "como chegou este tipo de texto na minha mão?" ou "porque é que nesse gênero, espera-se isso da montagem, não aquilo?".
Se dedicar a apresentar um texto de Teatro sem saber a história do Teatro, é como ser órfão, constituir uma família e nunca se indagar de onde veio. Você criou algo do qual não se tem referências passadas. Uma tarefa que pode ser bem sucedida, mas que sempre carregará consigo um ponto de interrogação.
Tenho sentido que me interesso mais por teatro á medida que conheço mais a sua história. Identifico-me com os pais do teatro pois eles, assim como eu, um dia pararam e olharam pra dentro de sí mesmos á procura de algo que realmente os fizesse feliz. é assim que me sinto em relação ao teatro. Meu indicador de tudo isso é o fato de me trancar com um grupo de pessoas por incontaveis horas dentro de uma sala, fazendo a mesma atividade (interpretar uma história), nunca me cansar disso e parecer que nunca foi o suficiente. Os pais do teatro se deram ao trabalho de criar e racionalizar o que fazemos hoje, mas compatilhamos a mesma paixão.
Teatro sem história não seria nada.

EVOÉ

Friday, October 14, 2011

Aula 10 - 08/10/2011

Nosso último encontro começou com um papo sobre o espetáculo "Sobre meninos, mendigos e Poetas" dirigido pelo nosso Professor de História da Arte Felipe de Menezes. Infelizmente não participei ativamente da discussão pois não encontrei o Teatro onde fora apresentada a peça e não cheguei a tempo de prestigiar o trabalho de um de nossos mestres. Adorei saber que a peça era um retrato dos acontecimentos e da história do Grupo Forfé e da Arte no Brasil. Pelo que os meus colegas de sala comentaram, não fui á uma excelente peça.
Após esta conversa, discutimos sobre as pesquisas da comédia Dell´Arte. Meu amigo Batatinha e eu falamos sobre o contexto histórico do gênero. Comentamos que não existem textos de comédia Dell´Arte pois não havia falas nem enredo, os atores simplesmente determinavam um objetivo para as cenas e improvisavam tudo. A Comédia Dell´Arte tratava de temas corriqueiros e recentes, e era uma arte de rua, para todos. Fomos apresentados também às máscaras da Comédia Dell´Arte. Roberto e Wagner pesquisaram as máscaras utilizadas pelos diversos tipos (não personagens) que compõem o gênero. As características são bem definidas e sempre mantidas para os tipos. Isabel e Fran nos contaram sobre a peça " Arlequim, servidor de dois amos" que trata da história de uma moça que tem seu irmão assassinado pelo homem que ama. Uma espécie de tragicomédia, onde o Arlequim tenta mediar as circunstâncias para poder ser pago duas vezes, e acaba envolvendo todos em problemas engraçados.
Por hoje é só... um resumo bem resumido do nosso último encontro.

EVOÉ

Saturday, October 8, 2011

Aula 9 - 01/10/2011

Discutimos nossas impressões sobre o espetáculo que fomos assistir chamado "45 minutos". Cheguei á conclusão de que estive diante de um excelente ator (Caco Ciocler) mas que não me identifiquei com o texto por não olhar mais á fundo o que angustiava o personagem. Na verdade, as indagações do personagem sobre o porque que era a função dele entreter as pessoas e o que ele ganhava em troca, era a do ator do teatro moderno onde não existem mais personagens nem a separação do público e dos atores,. o espetáculo moderno não tem mais formato, tem sim idéias que serão passadas. Bem diferente.
Nos foi solicitada uma pesquisa sobre a COMÉDIA DELL ´ARTE para a próxima aula.

EVOÉ

Aula 8 - 24/09/2011

Continuamos aprendendo sobre a comédia. Aprendemos sobre as DIONISÍACAS, uma espécie de procições onde uma trupe de atores caracterizados entoavam coros alegres e festivos em homenagem a Pã e Baco (Dionísio). Nessa época, o homem grego começou a olhar para si mesmo e rir de sí próprio. Algo cativante do aprendizado sobre sí mesmo que os gregos faziam constantemente.
Nos foi solicitado também que lêssemos a peça LISÍSTRATA, de ARISTÓFANES. O texto possui a estrutura da comédia Grega, onde em uma cena expositiva o conflito é trazido à tona, existem os párodos (conflito entre os coros) que ocorre no início. Origina-se então um Agon (disputa) durante a história, que evolui para uma parábase e culmina no êxodo (parte final da peça).
Tivemos uma aula bem teórica, onde não discutimos muitas coisas, até porque era a nossa hora de ouvir mais do que falar. haha

EVOÉ

 

Aula 7 - 17/09/2011

Nesta aula começamos a estudar a comédia. Fomos perguntados sobre o que nos fazia rir! Novamente... pergunta simples, resposta complexa (pensei). Para mim, coisas absurdas, extremas, humor ácido, rápido... é engraçado, mas para muitas pessoas não. E o que elas gostam, talvez não me faça rir... enfim, notei no ato de formular minha resposta que a pergunta era complexa por natureza!
Partimos então para a teoria da discussão. A comédia precisa de um plano teleológico (objetivo, intuito) para ser eficiente. Para causar o riso, é necessário o nexo causau, onde o expectador vai entender todo o contexto da circunstância para assim encontrar o humor nas ações dos personagens.
Uma "regra" imprescindível é que para que haja o elemento cômico, a PIEDADE não pode existir. Como o ser humano só ri do que é humano, se tivermos dó ou piedade dos envolvidos na comédia, o elemento cômico não estará mais presente.
Papo sério pra uma aula sobre comédia né?!
Outra coisa que achei interessantíssima foi o fato de que o homem, para promover o cômico, utiliza também a ANTROPOMORFIA (tranformação do que não é humano em humano). Encontramos esse tipo de humor em desenhos animados, por exemplo, onde animais, e coisas tomam vida, causando assim o efeito cômico no expectador.

EVOÉ.